A Sinfonia de Ancelotti: Brasil Encanta com Goleada de 5 a 0 sobre a Coreia do Sul

Com DNA madridista, o brilho avassalador do jovem Estêvão e uma fluidez tática impressionante, Brasil x Coreia do Sul apresenta a melhor versão da Seleção na preparação para a Copa do Mundo de 2026.

Não foi apenas uma vitória. O que se viu no gramado chuvoso de Seul nesta sexta-feira (10) foi uma declaração de intenções, a mais clara e potente desde que Carlo Ancelotti assumiu o comando. Com uma performance dominante, o Brasil goleou a Coreia do Sul por 5 a 0, mas o placar elástico foi apenas a consequência de algo maior: a consolidação de uma identidade de jogo envolvente, letal e, acima de tudo, inteligente.

Em um amistoso que tinha cara de teste final, a Seleção Brasileira não só passou com louvor, como também apresentou ao mundo suas novas armas: a genialidade precoce de Estêvão e a força de um coletivo que parece cada vez mais confortável sob a filosofia de seu treinador.

DNA Madridista: A Conexão que Define o Jogo

Ancelotti trouxe para a Seleção a fórmula que o consagrou na Europa, e ela funcionou com perfeição. A espinha dorsal do time exalava o entrosamento do Real Madrid. Casemiro, como o pilar veterano no meio-campo, liberava a dupla Vini Jr. e Rodrygo para replicar a parceria letal que aterroriza defesas na Espanha.

Atuando juntos pelo flanco esquerdo, os dois desmontaram a marcação coreana. Vini, mais agudo, era a lança; Rodrygo, flutuando para dentro, era o cérebro. Foi dessa conexão que nasceram dois gols: primeiro, aos 40 minutos, quando Rodrygo recebeu de Casemiro para fuzilar para as redes. Depois, já na etapa final, quando Vini serviu Rodrygo com açúcar para o quarto gol da partida, um retrato da sintonia fina entre os dois. O quinto gol, marcado pelo próprio Vini Jr. após passe de Matheus Cunha, foi a recompensa por sua noite incansável.

A Sinfonia de Ancelotti Brasil Encanta com Goleada de 5 a 0 sobre a Coreia do Sul x Brasil x Coreia do sul (2)
Brasil Encanta com Goleada de 5 a 0 sobre a Coreia do Sul x Brasil x Coreia do sul – Foto: CBF

Estêvão: A Nova Joia da Coroa

Se a base do time tinha uma química conhecida, o elemento de ruptura atendeu pelo nome de Estêvão. O jovem talento, assediado pelos fãs locais desde o aquecimento, justificou cada pingo de expectativa. Atuando com a liberdade de um veterano, ele foi a peça que quebrou as linhas e desafiou a lógica.

Seu primeiro gol, aos 12 minutos, foi a prova disso: um movimento inteligente para receber o passe milimétrico de Bruno Guimarães e finalizar com uma calma glacial. No primeiro minuto do segundo tempo, mostrou outra faceta: a de predador. Pressionou, roubou a bola da defesa e marcou um golaço, demonstrando uma maturidade impressionante e um apetite voraz que contagiou a equipe.

Análise Tática: A Fluidez que Desmontou a Coreia

O grande mérito de Ancelotti foi abrir mão de um centroavante fixo para apostar em um quarteto ofensivo de mobilidade total. Com Estêvão na direita, a dupla Vini-Rodrygo na esquerda e Matheus Cunha centralizado mas com liberdade para buscar o jogo, o Brasil se tornou um pesadelo para a marcação. A aproximação constante dos volantes, especialmente Bruno Guimarães, e o apoio dos laterais criaram uma superioridade numérica constante no campo de ataque.

As substituições mantiveram o nível altíssimo. A entrada de Lucas Paquetá, por exemplo, resultou na roubada de bola que iniciou a jogada do quinto gol, mostrando que a intensidade do banco de reservas é mais uma arma poderosa desta equipe.

Ficha Técnica: Coreia do Sul 0 x 5 Brasil

  • Competição: Amistoso Internacional (Data FIFA)
  • Local: Estádio Copa do Mundo de Seul, Seul (Coreia do Sul)
  • Data: 10 de outubro de 2025
  • Gols: Estêvão (12′ e 46′), Rodrygo (40′ e 48′), Vinícius Júnior (71′)

Equipes:

  • Coreia do Sul (Técnico: Hong Myung-bo): Jo Hyeon-Woo; Kim Min-jae (Park Jin-Seob), Cho Yu-Min e Kim Ju-Sung; Seol Young-Woo, Hwang In-Beom (Castrop), Paik Seung-Ho, Lee Jae-Sung (Kim Jin-Gyu), Lee Kang-In (Lee Dong-Gyeong) e Lee Tae-Seok; Son Heung-Min (Oh Hyeon-Gyu).
  • Brasil (Técnico: Carlo Ancelotti): Bento; Vitinho (Paulo Henrique), Éder Militão, Gabriel Magalhães e Douglas Santos (Carlos Augusto); Casemiro e Bruno Guimarães (André); Estêvão (Lucas Paquetá), Matheus Cunha (Igor Jesus), Vini Jr. (Richarlison) e Rodrygo.

FAQ – Perguntas e Respostas Rápidas

1. Qual foi a grande novidade da Seleção Brasileira neste jogo? A grande novidade foi a atuação de Estêvão, que marcou dois gols e foi o principal destaque individual, mostrando ser uma nova e poderosa opção para o ataque.

2. Como o técnico Carlo Ancelotti montou o time? Ele optou por um esquema muito ofensivo, com quatro atacantes (Estêvão, Matheus Cunha, Vini Jr. e Rodrygo) sem um centroavante fixo, priorizando a mobilidade e a troca de posições.

3. Quem foram os artilheiros da partida? Estêvão e Rodrygo marcaram dois gols cada. Vinícius Júnior completou a goleada com um gol.

4. Onde será o próximo jogo do Brasil? O próximo desafio da Seleção será contra o Japão, na terça-feira (14), em Tóquio, encerrando a passagem pela Ásia.

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