Hexacampeão da Copa Conmebol Libertadores, o Boca Juniors disputará a sua 12ª decisão no torneio e a sétima diante de um clube brasileiro. Para azar dos times tupiniquins, o retrospecto dos argentinos é favorável: são quatro títulos e apenas dois vices nas seis finais anteriores. Curiosamente, os Xeneizes perderam a primeira e a mais recente disputa.
Por sua vez, o Fluminense jogará a sua segunda final de Libertadores e busca o primeiro título. Na tentativa anterior, bateu na trave e caiu para a LDU nos pênaltis, em pleno Maracanã. Desta vez, porém, os cariocas parecem ter uma ligeira vantagem diante dos Hermanos, já que terão o privilégio de disputar a partida decisiva no Rio de Janeiro. Nas casas de aposta esportiva online, o Tricolor também é o favorito, com odds a 1,55 contra 2,50 do Boca.
Vice para o Santos em 1962
A primeira decisão de Libertadores que o Boca Juniors disputou foi justamente contra um brasileiro: o Santos de Pelé, em 1963. Naquela ocasião, melhor para os paulistas, que faturaram o bicampeonato depois de duas vitórias. Coutinho (duas vezes) e Lima marcaram na vitória por 3 a 2 no jogo de ida, no Maracanã, enquanto Coutinho e Pelé garantiram a virada do Peixe por 2 a 1 na segunda partida, na Bombonera. Sanfilippo marcou os três gols argentinos no confronto.
Campeão diante do Cruzeiro em 1977
Depois disso, o Boca demorou 15 anos para retornar a uma final do torneio sul-americano, novamente contra um clube do Brasil. Desta vez, porém, o time Azul e Ouro se sobressaiu diante do Cruzeiro e comemorou o seu primeiro título continental.
Para isso, foram necessárias três partidas. No primeiro duelo, vitória argentina em Buenos Aires por 1 a 0, gol de Veglio. Em Belo Horizonte, a Raposa devolveu o placar com Nelinho. Assim, o desempate aconteceu no estádio Centenário em Montevidéu, no Uruguai. Após um 0 a 0 no tempo normal, a decisão foi para os pênaltis e o Boca levantou o troféu após triunfo por 5 a 4.
Vitória nos pênaltis contra o Palmeiras em 2000
Assim como em 2023 para chegar à decisão contra o Flu, os Xeneizes derrotaram o Palmeiras nos pênaltis, fora de casa, para selar o tricampeonato, no ano 2000. A conquista foi ainda mais especial porque o Boca já havia superado nas quartas de final seu maior rival, o River Plate, com um estrondoso 3 a 0 na Bombonera que consagrou Riquelme e Palermo como lendas do clube.
Riquelme, aliás, foi o grande nome daquela campanha, assim como o técnico Carlos Bianchi e o goleiro colombiano Córdoba, que defendeu duas cobranças palmeirenses no Morumbi. Ali também se iniciava uma sequência de três títulos em quatro finais disputadas em cinco anos do Boca Juniors, que garantiu o tetra em 2001 contra o Cruz Azul (MEX) e o penta em 2003, diante do Santos.
Revanche no Santos em 2003
E foi justamente o triunfo contra o Peixe de Diego e Robinho que permitiu ao Boca uma revanche aguardada por exatos 40 anos. Assim como em 2000, a conquista foi consumada no estádio do Morumbi, mas desta vez no tempo normal. Para isso, os argentinos anotaram duas vitórias: 2 a 0 na Bombonera e 3 a 1 em São Paulo.
O treinador Carlos Bianchi chegava assim ao seu quarto título de Libertadores e o terceiro pelo Boca Juniors (o outro foi com o Vélez Sarsfield, em 1994). Dentro das quatro linhas, o grande nome foi Carlitos Tévez, então com 19 anos e hoje já aposentado, que marcou o primeiro gol no jogo decisivo. Marcelo Delgado, artilheiro do torneio, deixou o dele três vezes nos dois confrontos.
Show de Riquelme em cima do Grêmio em 2007
Quatro anos depois, o Boca conquistaria a Libertadores pela sexta e última vez até aqui. Para isso, o clube repatriou Juan Román Riquelme após cinco anos jogando na Espanha, com passagens pelo Barcelona e Villarreal. O camisa 10 acabou sendo o protagonista da equipe e foi eleito o craque do torneio. Nos jogos finais contra o Grêmio, teve atuações de gala ao marcar um gol na vitória por 3 a 0 em Buenos Aires e outros dois no triunfo por 2 a 0 em Porto Alegre.
Derrota para o Corinthians em 2012
A última vez em que Boca Juniors disputou uma final da Copa Libertadores contra um time brasileiro aconteceu há 11 anos, quando os argentinos foram derrotados pelo Corinthians. Mesmo com Riquelme em campo, os Xeneizes não foram capazes de parar o time comandado pelo técnico Tite e viram, após empate por 1 a 1 na Bombonera, o Timão faturar o título inédito com dois gols de Emerson Sheik no Pacaembu.